Showing posts with label Expat life. Show all posts
Showing posts with label Expat life. Show all posts

Second hand shops :: Lojas de segunda mão






Quando se tem o nosso estilo de vida pensa-se milhentas vezes antes de comprar um par de sapatos extra ou o "gadget" que se anda a namorar. Juntar dinheiro é uma prioridade porque não sabemos onde vamos estar a viver dentro de 2 anos. Mas mal abrimos o Instagram, Facebook, Pinterest, Twitter... Somos inundados por fotos de vidas glamorosas e de piscinas com flamingos cor-de-rosa.
Nem sempre é fácil conseguir este equilíbrio de viver rodeado por coisas "bonitinhas" e gastando o mínimo possível mas a verdade é que passer a viver na terra do IKEA veio tornar esta tarefa muito mais fácil e divertida!
A Suécia prova-nos que nem tudo o que é bom tem etiqueta cara! #simplelife  Aqui encontram-se lojas em segunda mão por todo o lado, há fila antes de abrirem e têm de tudo. Desde roupa a brinquedos, livros, coisas para a cozinha, carrinhos de bebé, mobília. É preciso ter olho mas há imensa coisa gira e o mais espantoso é que socialmente é muitíssimo bem aceite. Isso nota-se até nos miúdos que de pequenitos montam barraquinhas à porta de casa para venderem os brinquedos e livros antigos que já não querem.
Deixo-vos fotos de alguns dos meus achados em lojas de segunda mão. 
(O meu preferido é, e há-de ser sempre, a cama da Leonor. Parece saída de um livro e sei que vou choramingar no dia que tiver que a vender/doar.)
<<< >>>
When you move as often as we do, saving money is a priority.
One thinks twice before buying an extra pair of shoes or that gadget you want so badly.
Then you long onto Facebook, Instagram and you're confronted by pictures of glamorous lives, dream houses and sunny swimming pools with pink flamingos.
In the fairy tale land of social media everyone is fancy and happy. Sometimes I love the high standards but sometimes I just wanna shout: "I know it's not always easy to live a stylish life on a budget but you know what? You can do it. And it's ok to live a simple life. Not all pleasures in life are bought at a high-end store." 
Truth is that in the land of IKEA it's super easy and fun to shop for second hand bargains.
Lund has a good number of second-hand shops with quality used items. We bought almost everything we needed there (furniture, books, toys and even some clothes). 
I leave you some photos but my favourite finding is, and always will, Leonor's bed.
(I know I'll shed a tear when time comes to say goodbye to that precious little thing.) 


















Crónicas de uma emigrante VI :: Expat life VI





Chegaram as nossas tranquitanas! 
Percorreram meio Mundo e mesmo assim chegaram inteiras.
Que é que vem nestas caixas? Eu conto-vos: os básicos para a sobrevivência (roupa + sapatos) e as tralhas que nos fazem felizes e contam a nossa história (bonecos, canecos, bules, pratos, decoracoes de Natal, livros, quadros, mantas, chá, algas).
Quando se empacota tudo custa imenso escolher o que se leva de recordação e o que fica para trás. É um jogo que envolve muita emoção, choradeira e as hormonas de "gaja" não ajudam. Depois de tudo escolhido ao pormenor vem a fase de acarretar com o que nos é precioso para os correios e o nó na garganta ao voltar para casa sem nada. Quem sabe se as caixas vão acabar perdidas, à chuva num aeroporto qualquer ou se vai correr tudo bem.
E agora...É esta festa/alegria toda! Volta-se a desempacotar tudo, encontra-se o lugar de cada coisa nesta casa nova, namora-se tudo o que salta lá de dentro como se tivesse sido acabada de comprar. 
Oh HAPPY DAY!!!!!!

<<< >>>

Best mail day ever!!!
Our parcels arrived. All the way From Korea to Sweden and everything got here in perfect condition.
What's in those boxes? I'll tell you: basic stuff for surviving (clothes + shoes) and random crap that makes us happy (teapots, dolls, ceramics, Christmas decorations, books, paintings, blankets, seaweed, teas...).
Packing everything it's really hard. We have to decide what to bring and what to leave behind. It's a game that involves fear, joy, sorrow, hate, happiness, crying, and women's nesting instinct + hormones, definitely do not help! After that comes the day we go to the post office with all your precious things and return home with nothing but uncertainty and a lump in our throats. We never know if our parcels will end up lost, under heavy rain  or if everything is gonna be ok.
And now... It's like Christmas day came early. I can't tell you how great it feels to unpack everything. Find a place in our new home for every single object. After all it's like that excitement you feel after buying new stuff. 140kg of joy!  
OH HAPPY DAY!!!  













Crónicas de uma emigrante V :: Expat life V





O post de hoje foi especialmente difícil de escrever. Geralmente partilhamos na Blogosfera, Instagram e Facebook os momentos felizes dos nossos dias, claro que, como qualquer bom exibicionista do século XXI, adoro fazer parte de tudo isto! Mas que acontece quando estamos profundamente tristes? Devemos afastar-nos das redes sociais?! Devemos partilhar essa dor?! Como fazê-lo sem cair no ridículo e sem fazê-lo de forma inapropriada? Acontece que cá por casa começámos 2016 da pior maneira possível. Recebemos a notícia de que estamos a perder o meu sogro e que a vida que lhe resta podem ser horas ou dias. O Hugo apanhou o primeiro avião que conseguiu para Portugal, sem saber se chegaria a tempo de estar com o pai. Eu e a bebé ficámos em Seul. Gravo videos dela a toda a hora na esperança que ele a possa ver mas muito embora o meu lado racional me diga que estamos longe porque estamos a lutar por uma vida melhor, o sentimento de culpa por estar longe é imenso. 
Todos os dias da vida de emigrante têm sido fáceis quando comparados com o dia em que o cancro decidiu tirar-nos a vida de alguém que amamos muito. 

<<< >>> 

 Today's post was difficult to write. We all love to share the happy moments of our life on Instagram /Facebook /Blogs. Like any twenty-first century exhibitionist, of course, I love being part of all that! But what happens when we're deeply sad? Should we distance ourselves from social media?! Or should we share our sadness too?! How should we do it without sounding pitiful or inappropriate? I don't know but I'll give it a try. 
It turns out that 2016 started the worst way possible for us. Unexpectedly my father-in-law is dying. We don't know how many hours/days he has left. Hugo took the first plane to Portugal without knowing if he would arrive on time to be with his father. Me and the baby stayed in Seoul. I'm constantly filming Leonor and taking photos hoping that he can see her and smile with her baby stuff until the last minute. My left side of the brain tells me that we're living abroad because we're fighting for a better life but my emotional one makes me feel guilty for being away. Our days living abroad has been a blast compared to the day cancer decided to take the life of someone we love.



Settling in Seoul :: Montar a tenda em Seul



https://instagram.com/nacompanhiadogato/



Seul é uma cidade g-i-g-a-n-t-e-s-c-a. Vê-la de cima impõe respeito e dá que pensar. 
(Ou isto serão ainda as minhas hormonas às cambalhotas?) 
A vida assusta-me pelas voltas que dá e pelos sítios estranhos em que nos coloca. Quem me conhece sabe que sou a "Maria Papoila" em pessoa. Gosto de coisas simples, nasci no campo e nunca tive a mais pequena ambição de viver numa cidade assim. Contado ninguém acredita que por ironia do destino acabei a ter que chamar "casa" a uma cidade destas.
 Uma amiga minha dizia: "A felicidade está dentro de nós. Se nos sentirmos bem somos felizes em qualquer lado". Começo a acreditar que ela é bem capaz de ter razão. 

<<< >>>


Seoul is a massive city. So big, crowded and noisy that when you see it from above is breathtaking and makes you think in perspective. (Or is it just my crazy hormones?)
I'm a country girl. I love the simple things of life and never had the slightest ambition to live in a city like this. And here I am! ^^
 
If someone had told me before that I would end up living in a city like this I would have laughed until I cried. Definitely we never know what's going to happen tomorrow. Life is a crazy ride and nothing is guaranteed. (Sometimes the fact that we can't control it scares the hell out of me! I think I have some control issues to deal with... :P) 
A friend of mine once said: "Happiness is within us. If we feel good we can be happy anywhere". 

I'm starting to believe she might be right.




 
Photo: Francisca Figueiredo



As 25 caixas já estão desempacotadas (mas ainda anda muita roupa espalhada pela casa à espera de lugar). Já temos colchão, cama, mesa, microndas, cadeiras... Os códigos para abrir as portas estão decorados. Domino a arte de abrir e fechar o portão da garagem e lá acabei por descobrir o supermercado grande mais próximo de casa. Aos poucos a vida vai voltando ao seu rumo de forma meio atabalhoada com tanta novidade. ^^ 
Nas próximas semanas já vou conseguir mostrar-vos o bairro em que estamos a viver + fazer uma tour ao nosso (mini) apartamento e se quiserem ainda damos um passeio juntos pela Universidade do Hugo. 
Vêmo-nos por aqui outra vez a semana que vem? Já tinha saudades vossas!
xoxo

<<< >>>


 The 25 boxes are already unpacked (but you'll still find some clothes hanging here and there, waiting for a place). Finally we have a mattress, bed, microwave, table and chairs. I've memorized the codes to open the doors. I know how to open and close the garage door. I've found the closest supermarket...etc. 
Slowly life goes back to its course ^^ and in the coming weeks I wanna show you the neighborhood we're living in, make a tour to our mini apartment and if you're curious I'll show you Hugo's University too. Stay tuned! 
I'll meet you back here really soon. 
I miss you already,
xoxo


  

                                  Photo: Hugo Serôdio


      Photo: Francisca Figueiredo

Crónicas de uma emigrante IV :: Expat life IV





É preciso uma boa dose de loucura para se vir viver para o outro lado do Mundo estando grávida de quatro meses. Especialmente quando não se fala a língua do país de destino e tudo quanto se vê escrito por estas bandas não é Chinês mas parece. Felizmente, a sorte esteve do nosso lado e no fim tudo acabou por correr bem. O nosso anjinho gordo chegou com a Primavera, chama-se Leonor e nasceu na Coreia do Sul. 
Curiosos por algumas das aventuras e desventuras de dar à luz por estas bandas? 
Ora aqui vão alguns detalhes... ^^

<<< >>>

You need to be a bit crazy to start living on the other side of the world being four months pregnant. Especially if you don't speak the language of the destination country. But so it was. Fortunately, luck was on our side and everything ended up well. Our baby girl was born a few weeks ago. She came with the spring and is called Leonor.
Are you curious about all this adventure of giving birth in South Korea?
Here are some details .... ^^





1. Encontrar Médico e Hospital


Como em qualquer lado, também aqui os médicos sabem quase sempre falar Inglês. Difícil é encontrar um médico que seja suficientemente generoso para estar disposto a dar consultas numa língua que não é a sua. Como é que me desenrasquei? ;) 
Esta parte foi fácil, o hospital foi-nos recomendado pelo departamento de estrangeiros do KAIST (este). Sim, é mesmo verdade, esta universidade tem um departamento de apoio aos alunos e aos professores estrangeiros na sua adaptação ao país. Como devem calcular quando chegámos à Coreia o meu critério para selecção de médico passou a ser bastante básico: "Fala Inglês? Sim!? Escolhido!". No entanto parece que a sorte protege os loucos (com o estilo de vida que levamos começo cada vez mais a acreditar nisso) e acabei nas mãos de um médico calmo, simpático e belíssimo profissional. 
A parte difícil no meio de tudo isto é que, para além do meu médico e de uma das enfermeiras, mais ninguém falava Inglês no hospital!! Como é que nos entendíamos? Hahahahaha... com muito boa vontade, com google translate no telemóvel e com línguagem gestual com fartura! ^^ Da proxima vez que forem ao hospital imaginem que só podem comunicar por gestos e depois de verem o hilariante e assustador que isso pode ser, lembrem-se de mim!

<<< >>>

1. Finding a Hospital

Alright, finding a doctor. As anywhere else, in Korea doctors are highly qualified and English-speaking professionals. Never the less it is difficult to find a doctor who speaks fluently and who's generous enough to speak with us in English. How did we find my doctor? ;)
Actually it was quite easy! KAIST's international students department (ISSS) recomended us the hospital (Motae Women's Hospital) and the doctor. Yes. It's true and it's amazing...KAIST has a department to help foreign students and professors settling in Korea.
When I first came to Korea my criteria for choosing a doctor was: " Does he/she speaks English? Yes?! That's it, chosen!". However good luck protects fools, small children and... crazy people like us!
I ended up in the hands of a calm, friendly and really competent physician.  
The hard part was that despite my doctor and one of the nurses, no one else spoke English in the hospital!! How did we get by? Kkkkkkkk... ^^  with good will, "google translate" on ours cellphones and a lot of gesturing! (Next time you go to the hospital imagine you can not understand a word of what they're telling you and think about me. How scary and hilarious is it?)



 

 

2. Consultas pré-natais
  
Cheguei à Coreia já no segundo trimestre da gravidez. Todas as análises e exames que tinha feito no primeiro trimestre estavam em Espanhol. Assim que não fiz mais nada... cheguei à primeira consulta por estas bandas com um monte de papéis em Espanhol e com a tradução para Inglês ao lado a lápis! Agora imaginem a cara do médico e das enfermeiras, já não bastava ter-lhes calhado na rifa uma estrangeira ;) ainda vem à consulta com uma pilha de papelada escrita em "estrangeiro"!!!
Na primeira consulta deram-me esta agenda que deve estar cheia de coisas úteis (para quem saiba Coreano, claro está) e a cada ecografia colavam lá uma impressão na semana de gestação correspondente. Quanto ao calendário das consultas pré-natais posso dizer-vos que é semelhante ao dos Estados Unidos, com uma diferença ^^ na Coreia do Sul não se fazem 2 ou 3 ecografias, fazem-se ecografias em T-O-D-A-S as consultas!!! 

<<< >>>

2. Prenatal Consultations

By my first appointment in South Korea I was already in the middle of the second trimester.  All the usual testing and analyzes I've done in the 1st trimester were written in Spanish (as we were living there before coming to Korea). So...when I first went to the doctor in Korea I brought with me all those papers in Spanish alongside with their translation into English. Now imagine staff and doctor's face when they saw all this! As if it wasn't bad enough that I was a foreigner ;)  there were all those papers written in two foreign languages!  
The prenatal care schedule in Korea matches the standard US one pretty closely. The biggest difference is that ultrasounds are done at every single appointment.
At the hospital they gave me the book you can see in the image above. It looks lovely and I'm sure it has useful information about pregnancy and tips, for those who know Korean, of course! ^^
After each ultrasound they'll print some images and put them there in the corresponding week of pregnancy.






3. Pagar Pelos Cuidados de Saúde
 
O preço de cada consulta pré-natal ronda os 30.000 won (30 dólares). Este preço já inclui a ecografia e alguns testes que possam fazer falta, como por exemplo, análise ao sangue e à urina. 
Para além disto há incentivos à natalidade na Coreia e, ao contrário do que eu esperava, os estrangeiros que aqui vivem também têm direito a esse apoio. Como é que funciona? O hospital passa um comprovativo de como estou grávida, leva-se esse comprovativo a um banco Coreano e passados três dias temos nas mãos o GoEunMom card. Este é um cartão de débito carregado com 500,000 won (500 dólares) que pode ser utilizado para pagar as consultas pré-natais, as despesas do parto, fraldas ou outras despesas relacionadas com o bebé.
 
<<< >>>

3. Paying for Care

Visiting a doctor in a maternity clinic (covering basic tests such as urine test, blood test, ultrasound and so on) costs around KRW 30,000 per visit (about $30). Because South Korea has one of the lowest fertility rates in the world the government is scrambling to incentivise pregnancy, childbirth and child-rearing. Contrary to what I expected all those "pregnancy" benefits are available to anyone enrolled in the National Health Insurance system, foreigners included, and the government funds it. How does it work? The hospital gave me a pregnancy proof . I've taken it to a Korean bank and tree days after I had my GoEunMom card. This is a debit card preloaded with KRW 500,000 (about $500) which can only be used to pay prenatal visits, labor expenses, diapers or other baby related things.






4. Parto

Que vos parece o papel de parede da sala de parto? ;) "Korean Style" meus amigos! 
Nesta foto fui apanhada a rir-me do papel de parede mas como podem calcular a minha boa disposição durou pouco. Quem me conhece sabe que se não durmo....está tudo tramado! Agora imaginem o meu bom humor sabendo que me rebentaram as águas à hora de deitar e sete horas depois, sempre a ganir com contrações, só tinha dilatado 3cm. Tudo isto mais as dores de um parto sem epidural faz com que a minha percepção dessa noite seja muuuuuuuuuuuuuuuito pouco nítida. Na minha cabeça falaram comigo em Coreano o tempo inteiro, no entanto o Hugo garante-me que o meu médico, que fala Inglês, esteve conosco a noite inteira.
 Só sei que volta e meia aparecia uma enfermeira que me dizia "Francisca, hip-hop" (não faço ideia se aquilo era Coreano, Konglish ou Inglês mas lá nos entendíamos com gestos). Na parte final do parto apareceu uma enfermeira maravilhosa que falava Inglês e que me fez sentir menos perdida no meio de tudo aquilo. O meu médico foi sempre imensamente carinhoso e quando já estava no último "empurrão" para a Leonor nascer lembro-me de ouvi uma enfermeira dizer "camera, camera" ( ^^ e isto o Hugo confirma), ela queria o nosso telemóvel para nos tirar fotos ao nascimento da Leonor. Aqui está a prova de que tive uma filha na Ásia!!
Que é que vos posso dizer mais sobre o parto? Foi a pior noite da minha vida.
Durante a gravidez só me disseram balelas: "Já viste as tuas ancas Francisca? Isso são ancas de boa parideira", "Não tens que te preocupar, lembra-te da tua mãe a da tua avó", "Se dar à luz fosse assim tão difícil achas que a tua avó Alice tinha tido 10 filhos?!". 
Fiem-se em mim, não acreditem nessas histórias da "boa genética", isto dói e dói mesmo muito!

<<< >>>

4. Delivery

Do you like the wallpaper of the delivery room? ;) Korean style my friends! 
Hugo caught me laughing about the wallpaper but my good mood didn't last much longer. If you know me you know I'm the d-e-v-i-l if I don't get enough sleep. Now imagine... my waters broke at bedtime, seven hours later of terrible back labor and I've dilatated just 3cm. All that, plus childbirth without epidural makes my perception of that night slightly blurry. In my head everyone spoke to me in Korean the all night, however Hugo assures me that my doctor (who speaks English) was with us the all night. I just know that every now and then a nurse will appear and will tell me "Francisca, hip-hop", I have no idea if it was Korean, Konglish or English but we got by just fine with gesturing. When I was in the final part of giving birth another nurse joined the medical team, she spoke English to me and she was so wonderful making me feel a bit less lost. My doctor was extremely kind the all time. I couldn't be more grateful for that. And once I was in the final "push, Francisca, push!" I heard a nurse saying "camera, camera". She was asking Hugo for his cellphone so that she could take Leonor's birth photos. Here is the proof that we had our 1st daughter in Asia!!!
What more can I say about childbirth? It was the worst night of my life. 
During pregnancy people would tell me: "Have you seen your hips Francisca?! With hips like that you have nothing to worry about.", "I'm sure you'll be just like your mother and your granny", "If giving birth was that hard do you think your grandmother would have had 10 kids?!", "Your body will know what to do".
Honestly, I don't see the point of sugar coating it. Giving birth HURTS so much for what seemed forever! Feeling her come out was amazing and the biggest sense of relief I think I've ever felt my WHOLE life. 







5. Pós-Parto


Se até este ponto as coisas eram relativamente semelhantes àquilo a que todos estamos habituados, as semelhanças acabam aqui. Na Coreia as mães e os bebés não saem de casa durante o primeiro mês e só recebem visitas um mês depois do bebé ter nascido. A mãe não pode tomar banho na a primeira semana após o parto nem pode colocar as mãos em água fria e tem que estar sempre em habitações bem aquecidas, mesmo que seja Verão. 
Posso contar-vos também que as Coreanas são tratadas como RAINHAS depois de darem à luz! 
Nunca vi recém mamãs serem tão mimadas e bem tratadas como aqui. Eu sei que o nosso acarinhado Portugal está em crise mas quando isso acabar bem que se podia imitar a Coreia neste ponto. Acreditam que a maternidade tinha um piso com SPA e cabeleireiro?! Fiquei rendida! Um dia depois do parto todas as mães podem ir lavar e arranjar o cabelo, receber uma massagem facial, fazer máscaras à pele e tudo isto está incluído no preço da estadia na maternidade. (Quem quiser pode ainda pedir algumas massagens extra, que já são pagas, claro está. Por exemplo, por sugestão de uma amiga Coreana eu fiz uma massagem ao peito para ajudar à descida e produção de leite)
Por norma a recém mamã tem alta da maternidade ao terceiro dia, se o parto foi natural, ou ao sexto dia, se foi cesariana ... e ... para onde é que vão as mães e os bebés depois de deixarem a maternidade? Para casa?!? Não...na Coreia não! (Acreditem que as enfermeiras ficaram chocadas comigo quando souberam que eu ia para casa e até me olharam com pena). Como as mães devem ser poupadas ao máximo e não devem fazer esforços, ao deixar a maternidade mudam-se com o bebé para um género de hotel especializado na recuperação pós-parto, onde ficam por um período de duas semanas a dois meses. Nesse centro de recuperação pós-parto têm aulas de ginástica, massagens, tratamentos de pele, ajudam-nas com o bebé, estão vigiadas por pessoal especializado 24h por dia e têm comida preparada propositadamente para favorecer a recuperação e a produção de leite (podem ler mais aqui).
Por falar em comida...viram a foto? ^^ Este era o meu pequeno almoço na maternidade! Imaginem comer isto todos os dias às 8:00 da matina. A taça grande tem a famosa "sopa de algas". Na Coreia deve comer-se "sopa de algas" depois do parto, três vezes ao dia (pequeno almoço, almoço e jantar) durante três meses. Diz-se que limpa o sangue, que ajuda à produção de leite e que faz bem ao cabelo, articulações e pele. ;) Seja verdade ou mentira, ensinaram a receita ao Hugo e eu aderi à sopa de algas à Coreana!

<<< >>> 

5. Postpartum

This topic could be an entire post! Things are so different in Korea when it comes to postpartum.

In Korea mothers and babies don't go outside during the first month. They just let visits  meet the baby a month after she/he's born. Mothers can't take a shower during the first week after birth, can't put their hands in cold water and have to be kept in well heated places.I can tell you that Korean mothers are treated like QUEENS after giving birth!I know that my cherished Portugal is living an economical crisis but when all that is over it would be so good to think about some Korean like postpartum improvements. Can you believe that the hospital's maternity actually has kind of a spa?! I couldn't believe it! 24h after delivery all mothers can go shampoo their hair, get a facial massage and skin mask. All that is included in the price of your stay in the maternity. (If you want you can even ask for some extra massages, for example, a Korean friend suggested me and I've asked for a breast massage to help milk production) 
New moms can leave the hospital on the 3rd day (after vaginal delivery) or on the 6th day (after c-section). Now...where are baby + mom going after leaving the maternity in Korea? And now you're thinking...home?!? But no. Not in Korea!(Nurses were in shock when I told them I was going home. They even looked at me with pity.) In Korea new moms go to postpartum care centers. It's like a special hotel for postpartum recovery. There they'll have qualified staff to help them with the baby 24x7, they'll have skin treatments, massages, safe postpartum activity and gymnastics, postpartum meals, etc (you can read more about it here). And speaking about food...what do you think about the picture above? ^^ THat was my breakfast in the maternity. Yeah...Imagine eating all that at 8 am. The large bowl has the famous postpartum"Korean seaweed soup". In Korea they say you should eat it three times a day (breakfast, lunch and dinner) during the three months after birth. They say it helps with milk production, that it cleans your blood and that it's good for your hair and bones. ;) Whether that's true or not Hugo learned how to prepare it and I'm doing it "the Korean way"! ;)




No fim vamos ficar agradecidos para sempre pela forma carinhosa como nos trataram no Motae Women's Hospital apesar da barreira da língua. Todo o stress valeu a pena mal vimos esta coisinha pequenita chegar aos nossos braços!

<<< >>>

We'll be forever grateful for the way they treated us at "Motae Women's Hospital". Believe me, Korean kindness is not a myth. And now that we have this little girl in our arms... all the stress was worth it!


  


Crónicas de uma emigrante III :: Expat life III



   Photo: Francisca Figueiredo



Ao estar a viver fora de Portugal tento seguir o lema "em Roma, sê Romano". Acredito que devemos respeitar ao máximo os hábitos, valores e costumes do país que nos acolhe mas da porta da minha casa para dentro, é Portugal quem manda! Ora a foto de cima é a prova disso mesmo. Este ano o Natal foi passado aqui, na Coreia do Sul, assim que andei louca em busca de coisas que fizessem a nossa mesa de Natal lembrar, cheirar e saber a "casa". Que vos parecem os ingredientes? Hahahaha... Alguma destas coisas vos lembra Portugal? ;) 

 <<< >>>

Have you heard the old saying "when in Rome, do as the Romans do"? 
Well, when living abroad that's what I try to do. I think we should respect the habits, values and customs of the country we're living in but when inside my apartment, oh boy...Portuguese traditions rule! The photo above it's the proof. This year I've spent Christmas in South Korea but I've done my best to make it look, smell and taste like a Portuguese Christmas dinner. What do you think? Did I nailed it? ;) kakakakaka... What are the traditional Christmas foods/recipes you eat in your country? What Christmas traditions do you really love?
 
<<< >>>

 ¿Has oído la expresión "cuando a Roma fueres, haz lo que vieres"?
Bueno, cuando vivo en el extranjero eso es lo que intento hacer. Creo que hay que respetar las costumbres y los valores del país donde estamos viviendo pero cuando estoy dentro de mi apartamento, madre mía, las tradiciones portuguesas son la regla! La foto de arriba es la prueba. Este año he pasado la Navidad en Corea del Sur, pero he hecho mi mejor esfuerzo para hacer que se vea, el olor y el sabor como una cena de Navidad portuguesa.  
Qué piensas? ¿Lo he clavado? Jajajajaja ... ¿Cuáles son las tradiciones de Navidad y las recetas de Navidad en tu país?



 Photo: Francisca Figueiredo



No final, o peixe que se queria parecido ao bacalhau era terrível (basta ver as fotos) mas até resultou na receita de roupa velha. Do perú de Natal nem rasto. Resumindo, acertei com as batatas, couves, fatias douradas e sonhos de abóbora. Hahahaha.... ;) Venha de lá o ano novo, que as passas Coreanas já estão compradas!!!

<<< >>>

 In the end, the fish that I thought to be like cod fish was terrible (just take a look at the pictures). There was no way to find Christmas turkey. But guess what? The potatoes, the cabbage were ok. kakakaka... ;) Come on 2015, I've already bought Korean raisins to greet you!!

<<< >>>

Al final, el pez que había pensado ser como el bacalao era terrible (echa un vistazo a las fotos) y no he encontrado pavo de Navidad. Pero ¿adivinen qué? Las patatas y la col estaban bien. kakakaka ;) Venga el 2015, que yo ya he comprado pasas Coreanas para saludar lo!!






LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...