Crónicas de uma emigrante V :: Expat life V





O post de hoje foi especialmente difícil de escrever. Geralmente partilhamos na Blogosfera, Instagram e Facebook os momentos felizes dos nossos dias, claro que, como qualquer bom exibicionista do século XXI, adoro fazer parte de tudo isto! Mas que acontece quando estamos profundamente tristes? Devemos afastar-nos das redes sociais?! Devemos partilhar essa dor?! Como fazê-lo sem cair no ridículo e sem fazê-lo de forma inapropriada? Acontece que cá por casa começámos 2016 da pior maneira possível. Recebemos a notícia de que estamos a perder o meu sogro e que a vida que lhe resta podem ser horas ou dias. O Hugo apanhou o primeiro avião que conseguiu para Portugal, sem saber se chegaria a tempo de estar com o pai. Eu e a bebé ficámos em Seul. Gravo videos dela a toda a hora na esperança que ele a possa ver mas muito embora o meu lado racional me diga que estamos longe porque estamos a lutar por uma vida melhor, o sentimento de culpa por estar longe é imenso. 
Todos os dias da vida de emigrante têm sido fáceis quando comparados com o dia em que o cancro decidiu tirar-nos a vida de alguém que amamos muito. 

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 Today's post was difficult to write. We all love to share the happy moments of our life on Instagram /Facebook /Blogs. Like any twenty-first century exhibitionist, of course, I love being part of all that! But what happens when we're deeply sad? Should we distance ourselves from social media?! Or should we share our sadness too?! How should we do it without sounding pitiful or inappropriate? I don't know but I'll give it a try. 
It turns out that 2016 started the worst way possible for us. Unexpectedly my father-in-law is dying. We don't know how many hours/days he has left. Hugo took the first plane to Portugal without knowing if he would arrive on time to be with his father. Me and the baby stayed in Seoul. I'm constantly filming Leonor and taking photos hoping that he can see her and smile with her baby stuff until the last minute. My left side of the brain tells me that we're living abroad because we're fighting for a better life but my emotional one makes me feel guilty for being away. Our days living abroad has been a blast compared to the day cancer decided to take the life of someone we love.



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